Hoje apresentei um seminário sobre complicações pulmonares no paciente tetraplégico, então resolvi compartilhar um pouco do material que encontrei falando sobre o assunto.
Nos pacientes que apresentam lesões cervicais altas e/ou torácicas altas por paralisia da da musculatura acessória da respiração pode ocorrer IRR (Insuficiência Respiratória Restritiva), sendo necessário muitas vezes o uso de pressões positivas na fase aguda. Nos pacientes que apresentam lesões acima de C4 ocorre a paralisação do diafragma necessitando assim de assistência ventilatória constante.Com objetivo de evitar-se complicações respiratórias pode-se, quando possível, realizar drenagem postural e a tapotagem para favorecer a eliminação das secreções.
Nos pacientes que apresentam lesões cervicais altas e/ou torácicas altas por paralisia da da musculatura acessória da respiração pode ocorrer IRR (Insuficiência Respiratória Restritiva), sendo necessário muitas vezes o uso de pressões positivas na fase aguda. Nos pacientes que apresentam lesões acima de C4 ocorre a paralisação do diafragma necessitando assim de assistência ventilatória constante.Com objetivo de evitar-se complicações respiratórias pode-se, quando possível, realizar drenagem postural e a tapotagem para favorecer a eliminação das secreções.
A execução de exercícios respiratórios visando aumentar a incursão diafragmática e fortalecer a musculatura respiratória é benéfica. Associar estas medidas manutenção de um bom estado geral, eutrofia e boa hidratação tem o intuito de prevenir a ocorrência de infecções que são de alta morbidade para estes pacientes, garantindo melhor qualidade de vida e maior sobrevida já que as causas respiratórias estão entre as primeiras causas de óbitos tanto na fase aguda quanto nas fases subseqüentes.
As infecções se dão principalmente pela ausência da ação da musculatura abdominal, como os musc. abominais são os mais importantes na expiração a paralisação dos mesmos resulta num prejuízo na expiração forçada, o que pode levar ao acumulo de secreções aumentando os risco de infeccções, e podendo causar microatelectasias, colapso segmentar, lobar ou pulmonar total.
Quanto mais alta a lesão medular, maior é o comprometimento da musculatura respiratória, levando a uma proporcional diminuição dos volumes e capacidades pulmonares, em geral a um quadro restritivo. O trabalho de reequilibrio da biomecânica respiratória, priorizando alongamento e fortalecimento da musculatura principal e acessória, assim como a higiene brônquica( drenagem postural, aspiração, vibrocompressão) faz parte do trabalho da fisioterapia repiratória.
Tabela 1- Efeitos neuromusculares sobre a respiração de acordo com o nível da lesão medular
Nível da lesão
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Déficit ou perda da inervação muscular
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Planos limitados da respiração
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Efeitos físicos
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Paraplegia (T1-T5)
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Abdominal
Intercostal
Eretores da coluna
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Discreta diminuição da expansão anterior e lateral
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Diminuição da expansibilidade torácica
Diminuição da CV
Diminuição da capacidade de gerar pressão intratorácica
Diminuição da eficácia da tosse
Possível padrão respiratório paradoxal
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Tetraplegia (C5-C8)
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Músculos abaixo do peitoral
Serratil anterior
escalenos
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Diminuição da expansão anterior e lateral
Discreta diminuição da expanção posterior
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Diminuição da expansibilidade torácica
Diminuição da CV
Diminuição da eficácia da tosse
Diminuição da VEF1
Respiração paradoxal na fase aguda ou fase posterior
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Tetraplegia (C4)
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Músculos abaixo do diafragma e o próprio diafragma
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Discreta diminuição da expansão anterior e lateral
Diminuição da expanção posterior
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Limitação nos 3 planos da ventilação
Discreta diminuição no VC
Eventual necessidade de ventilação mecânica
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Tetraplegia (C1-C3)
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Músculos abaixo do ECM e trapézio
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Todos os planos severamente limitados incluse o superior
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Diminuição no VC
Eventual necessidade de ventilação mecânica em tempo integral
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Atenção! O texto acima foi retirado do livro:
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