Para entender o texto abaixo é necessário ler o post anterior sobre tendinopatias.
O que é EPI?
EPI (Eletrólise Percutânea
Intratisular) é uma técnica para tratamento de tendinopatias Bastante utilizada
no meio desportivo, foi criada por um fisioterapeuta espanhol chamado José
Manuel Sanchez, no ano 2000.
O termo eletrolise significa
literalmente : “ destruição do tecido por meio de eletricidade”.
Eletrolise: decomposição por
eletricidade
Percutânea: pequena incisão
através da pele
Intratisular: na parte interna
dos tecidos
Em que situações é utilizada?
Trata-se de um método invasivo
usada por fisioterapeutas no tratamento de lesões CRÔNICAS dos tecidos moles.
Ex: lesões do manguito rotador,
tendinopatias, fibrose muscular, fasceíte plantar, epicondilite e lesões
ligamentares.
Como é feita a aplicação?
Na EPI utiliza-se um aparelho que
produz corrente galvânica de alta intensidade, essa corrente é transmitida ao
tecido por meio de uma agulha acoplada ao aparelho.
A área e gravidade de lesão são
visualizadas por meio de um ecógrafo e a partir de então, a agulha é
introduzida diretamente na área da lesão. Portanto a EPI apresenta como
vantagem a produção de uma resposta reparadora localizada, devido o contato
direto da área lesionada com a corrente.
Como a EPI promove a reparação de lesões?
A corrente galvânica ao entrar em
contato com o tecido fibrótico provoca uma reação química. Ocorre a dissociação
das moléculas de água(H2O) e sal(Nacl),
formando assim ,moléculas de hidróxido de sódio (NaOH). Este composto provoca a destruição do tecido.
O termo eletrólise significa
“quebra”, “degradação”. Neste caso ocorre a destruição do tecido fibrótico por
meio de fagocitação , favorecendo a formação de novo tecido por desencadear uma
resposta inflamatória adequada para regeneração.
Como o tecido reage a essa agreção provocada pela corrente?
Durante a aplicação da corrente
galvânica ocorre a lesão das células locais o que faz com que mediadores
químicos (histamina, bradicinina) sejam liberados. Esses mediadores desempenham
um papel fundamental para orientar a formação da rede capilar no local da lesão
(ocorre a neovascularização local). Os Neutrófilos são as primeiras células a
chegarem ao local da lesão iatrogênica, envolvendo os resíduos causados pela
destruição eletroquímica. Este processo de migração e fagocitose ocorre dentro
de poucas horas do trauma e migração de células fagocíticas são facilitados
pela liberação de substancias quimiotáxicas no local do dano, de modo a atuar
como informantes da localização da lesão, onde a neovascularização é necessária para promover o
fornecimento de nutrientes e oxigênio. Um ou dois dias após a aplicação, é
possível observar a presença de macrófagos, ajudando a garantir a continuidade
do processo de fagocitose. Os macrófagos desempenham um papel fundamental na
cicatrização de tecidos que não é só “engolir” (fagocitar), mas promove também a
migração de fibroblastos, que por sua vez liberam fatores de crescimento e
facilitam a síntese de colágeno.
Evidências?
Nas minhas pesquisas não encontrei muitos estudos sobre a EPI, até porque trata-se de uma terapia relativamente recente.
Alguns estudos foram realizados para investigar os efeitos da EPI em lesões dos tecidos moles. Pode-se observar que o uso desta técnica é mais eficaz em patologias crônicas, do que em patologias agudas.
Quando esta está associada outros recursos como, por exemplo, treino excêntrico torna-se mais efetiva.
O uso da EPI tem- se mostrado grande vantajoso em lesões tendíneas crônicas.
Geralmente essas lesões não respondem bem aos tratamentos convecionais devido a sua histopatologia perculiar (que já foi explicada no post anterior sobre tendinopatias). Sendo assim, a EPI por atuar no tecido fibrótico produz resultados melhores e diminuí o tempo de recuperação, promove o retorno mais cedo a prática desportiva.
Estudos estão sendo realizados para investigar os efeitos dessa técnica em pacientes com pubalgia e outras patologias que acometem os atletas.
As figuras abaixo demonstram o efeito da EPI nos tecidos. (tendinopatia patelar de um ciclista)
Nas minhas pesquisas não encontrei muitos estudos sobre a EPI, até porque trata-se de uma terapia relativamente recente.
Alguns estudos foram realizados para investigar os efeitos da EPI em lesões dos tecidos moles. Pode-se observar que o uso desta técnica é mais eficaz em patologias crônicas, do que em patologias agudas.
Quando esta está associada outros recursos como, por exemplo, treino excêntrico torna-se mais efetiva.
O uso da EPI tem- se mostrado grande vantajoso em lesões tendíneas crônicas.
Geralmente essas lesões não respondem bem aos tratamentos convecionais devido a sua histopatologia perculiar (que já foi explicada no post anterior sobre tendinopatias). Sendo assim, a EPI por atuar no tecido fibrótico produz resultados melhores e diminuí o tempo de recuperação, promove o retorno mais cedo a prática desportiva.
Estudos estão sendo realizados para investigar os efeitos dessa técnica em pacientes com pubalgia e outras patologias que acometem os atletas.
As figuras abaixo demonstram o efeito da EPI nos tecidos. (tendinopatia patelar de um ciclista)
Tendão patelar lesionado (Imagem obtida por meio de ultrassonografia) |
Imagem do tendão patelar após aplicação da EPI |
VEJA OS ARTIGOS ABAIXO:
http://www.ephysiotherapy.net/download/pdfs/64-ephysiotherapy.net.pdf
http://www.ephysiotherapy.net/download/pdfs/231-ephysiotherapy.net.pdf
http://www.ephysiotherapy.net/download/pdfs/72-ephysiotherapy.net.pdf
http://www.efisioterapia.net/descargas/pdfs/318-efisioterapia.pdf
http://www.mapfre.com/fundacion/html/revistas/trauma/v21n4/pdf/02_05.pdf
http://www.mundokinesio.com.ar/kinesio/index.php?option=com_content&view=article&id=242:epicondilitis-o-tennis-elbow-tratamiento-mediante-electrolisis-percutanea-intratisular-epir&catid=10:miembros-superiores&Itemid=61
http://www.ephysiotherapy.net/download/pdfs/64-ephysiotherapy.net.pdf
http://www.ephysiotherapy.net/download/pdfs/231-ephysiotherapy.net.pdf
http://www.ephysiotherapy.net/download/pdfs/72-ephysiotherapy.net.pdf
http://www.efisioterapia.net/descargas/pdfs/318-efisioterapia.pdf
http://www.mapfre.com/fundacion/html/revistas/trauma/v21n4/pdf/02_05.pdf
http://www.mundokinesio.com.ar/kinesio/index.php?option=com_content&view=article&id=242:epicondilitis-o-tennis-elbow-tratamiento-mediante-electrolisis-percutanea-intratisular-epir&catid=10:miembros-superiores&Itemid=61
Consegue apresentar-me o preço do instrumento usado?
ResponderExcluirExcelente artigo, estou com uma tendinose (ou tendinopatia) no tendão calcâneo esquerdo e acredito que este será a solução do problema, porém não se encontra este tratamento em Campinas e nem no estado de São Paulo
ResponderExcluirOlá, ainda nao se encontra no Sao Paulo?
ResponderExcluirpreciso dele. Obrigado pela informaçao!
Oi, eu gostaria de saber em qual artigo você conseguiu achar a data de criação do aparelho e o nome do criador, obrigada
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